quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Anestesia

Anestesia 


Liquido quente e entorpecido 
Que adormece as veias da vida 
            Amargo, ocre, doce e suave
Escavei um nicho com as unhas 
            Ensanguentadas 

Sentia terror…de te perder 
Entregue ao sono permaneci 
Num casulo fino carmim 
            Assim deitada sobre ti
 Embalada ao som do violino 
 Anulei o poder do amor
A emoção do tacto 
O aroma de um cacto 
            Existi em ti…esqueci-me de mim 
 (E ai vivi) 
Imutável 
Voz passiva 
Adormecida 
            Anestesia 
Mas, a noite devolveu-me o dia 
A luz lambeu-me a sombra 
A alegria devorou a agonia 
O abismo elevou-se em mim…sem ti 
No cume só existe um lugar… 
Devorei-te 
Dilui-te 
Expeli-te 
Anestesia!

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