quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Rasuro o ar que respiro

Os versos volteiam em catadupa
Imemoráveis
Escrevo e reescrevo o poema
Sobre ti
As letras são apanhadas desprevenidas
Desprovidas de sentido algum
Insonoras
O poema permanece pesado
No papel amarfanhado
O vazio preenche minha mente
Ausente, descrente
O cálice envenenado é servido
Derrama
Nos lábios ressequidos pela escuridão
A melancolia
A fome de mais um dia
O decepar de mais uma noite
E chove torrencialmente
Pela face adormecida
Mais uma ida
Mais um ensejo
Mais um crepitar de beijo
E a madrugada acontece
Obscura de sonhos
Esquecida de uma vida
Cansada de mendigar desejos
E adormece
E nada acontece
Rasuro o que escrevi

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