terça-feira, 10 de maio de 2011
Linha do horizonte
Linha que contempla teu rosto
Que o beija que o corteja
Deixando-o suspenso
Em fiadas de desejo e medo
Brisa que percorre teu corpo
Afagando-o provocando-o
Até se extinguir… em poesia
Mescla de sensações
Que fomentam em mim
Recordações de ti
E me fazem fantasiar
Com tua penetrante voz
A pressão com que o mar
Agoniza a maresia
E a extasia
E a envolve em laçadas
De pura utopia
As rochas espumam pela boca
Labaredas que sinto
A areia acolhe teu olhar
Sobre minha tristeza
As nuvens que completam o cenário
De si ordinário!
Mendigo migalhas de amor imperfeito
E lanço-as ao mar
Dentro do baú de lembranças
E…
Na lonjura do nevoeiro
Na fundura de meu estreito peito
Procuro frases a eito
E ajoelho em teu areal
E confesso serenamente
Aceito o silêncio
Que os ventos sussurram
Minhas íris adentro
Aceito a minha pretensão
Sobe pena amortalhada
Perdida e silenciada
Linha do horizonte
Que abençoas…
Os corações desprotegidos
As almas injuriadas
Os rostos rasgados
E todas as súplicas desesperadas!
E…avistando o culminar da tormenta
Tombando fulminada
Escrevo em minha lápide
Aqui jaz a poetisa que surgiu do nada!
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"Linha imaginária que separa a superfície da Terra (ou do mar), da esfera celeste. Por mais que se caminhe ao seu encontro, nunca se alcança."
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