terça-feira, 10 de maio de 2011

Efervescências de mim


Como consegues…

Qual monção
Acabada de beijar a planície
Ampliar e reduzir meu coração

Sim…

Deste-lhe um safanão
Agarraste-o com tua boca
E cobriste-o com palavras amorosas
Com aroma a rosas

Sim…

Descobriste-o mal amado
Desconcertado
Abandonado

Perpetuamente desabrido e estilhaçado

Como consegues…

Lançar meu ser ao céu
Apanha-lo a meio da primeira camada de ar
E depois…
Faze-lo simplesmente voar!

Sim…

Diz-me…

Quão fundo é o teu segredo
Qual a tua verdade
Quão profunda é a tua imensidão
Qual é a tua perplexidade

Como consegues...

Assim…

Sem um tocar de pele
Sem um roçar de lábios
Sem um esgar de mão

Soprar meu coração!

2 comentários:

  1. O sonho que inquieta
    E a palavra que, num sopro, se faz tempo.

    Belo poema.

    Bjocas

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  2. ASAS
    (Pacto dos Anjos)

    Você era um anjo
    Que decidiu voltar às estrelas
    Implorei para que não fosse
    Nas estrofes de um singelo poema.

    “Meu Sonho”, eu lhe dediquei,
    Mas, ao ouvi-lo, partiu,
    Em silêncio permaneci e chorei...

    Mas, como por encanto retornou...

    Levou-me para bem longe
    Próximo à beira do mar.
    Retirou suas asas
    Oferecendo-as às ondas insanas.

    Bem longe dali, uma criança triste estava,
    Sem esperança de andar e de viver.
    As ondas, agora serenas,
    Entregaram-lhe um presente...

    Ao tocá-las, seus pés se moveram,
    Seu coração voltou a bater mais feliz,
    Sua alma e seu espírito outrora em conflitos
    Em paz agora estavam em vigília...


    *poema de Agamenon Troyan, autor do livro
    (O Anjo e a Tempestade)

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  A chama que trago dentro Chama por mim Por vezes choro E a chama apaga-se…momentaneamente Chamo silenciosamente…a chama Que muda...