
Como consegues…
Qual monção
Acabada de beijar a planície
Ampliar e reduzir meu coração
Sim…
Deste-lhe um safanão
Agarraste-o com tua boca
E cobriste-o com palavras amorosas
Com aroma a rosas
Sim…
Descobriste-o mal amado
Desconcertado
Abandonado
Perpetuamente desabrido e estilhaçado
Como consegues…
Lançar meu ser ao céu
Apanha-lo a meio da primeira camada de ar
E depois…
Faze-lo simplesmente voar!
Sim…
Diz-me…
Quão fundo é o teu segredo
Qual a tua verdade
Quão profunda é a tua imensidão
Qual é a tua perplexidade
Como consegues...
Assim…
Sem um tocar de pele
Sem um roçar de lábios
Sem um esgar de mão
Soprar meu coração!
O sonho que inquieta
ResponderEliminarE a palavra que, num sopro, se faz tempo.
Belo poema.
Bjocas
ASAS
ResponderEliminar(Pacto dos Anjos)
Você era um anjo
Que decidiu voltar às estrelas
Implorei para que não fosse
Nas estrofes de um singelo poema.
“Meu Sonho”, eu lhe dediquei,
Mas, ao ouvi-lo, partiu,
Em silêncio permaneci e chorei...
Mas, como por encanto retornou...
Levou-me para bem longe
Próximo à beira do mar.
Retirou suas asas
Oferecendo-as às ondas insanas.
Bem longe dali, uma criança triste estava,
Sem esperança de andar e de viver.
As ondas, agora serenas,
Entregaram-lhe um presente...
Ao tocá-las, seus pés se moveram,
Seu coração voltou a bater mais feliz,
Sua alma e seu espírito outrora em conflitos
Em paz agora estavam em vigília...
*poema de Agamenon Troyan, autor do livro
(O Anjo e a Tempestade)