Neste
dia onde as horas não se confessam pertinentes nem as palavras palpitam fora do
coração escrevo linhas infindáveis de letras vou desfiando cada teia cada
emaranhado de sentimentos que ficam por dizer mas, de todo por sentir é bom
receber cada impacto cada sopro sempre como o primeiro e resistir às falésias
que o tempo teima em não deixar passar em branco em menos de nada tal como as
noites os dias em que escrevo e onde nada digo e como as gaivotas que
perscrutam o mar em busca de uma centelha assim moro em mim tranquila
procurando o sustento do sustentável poema que ainda está por nascer.
IsabelPinto
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