domingo, 11 de abril de 2010

O crepúsculo do poeta




É ao anoitecer
Ao entardecer
Ao amanhecer

Ele existe e persiste
Em acontecer


É na razão do ser
Na imensidão de tudo perder
Que ele se retrata
Que ele se prostra
Que humedece as palavras
E as deixa crescer
Em si
À sua imagem
A fome de seguir viagem

A peregrinação imaculada
A visão da alma
O empalidecimento
Do dia
O vislumbre da noite
O signo do poema

É neste recanto
Do pensamento
Que a ilusão faz o acontecer
Permitindo
Que ele se descreva
Se revele
Que aconteça
Que seja simplesmente

Sem comentários:

Enviar um comentário

  A chama que trago dentro Chama por mim Por vezes choro E a chama apaga-se…momentaneamente Chamo silenciosamente…a chama Que muda...