domingo, 11 de abril de 2010

Grito libertador

O uivo clama na noite escura
Ensurdecedor
Apavorado
Sustentado pelo medo da solidão

Incitado pela fúria
Que lhe estrangula o coração


Ela inerte lívida de medo
Petrificada pela chuva
Que lhe escorre pelos genitais

Permanece junto à casa arruinada

Ela sustenta o rosto rubro de raiva
Sulcado pela lama
Ordinariamente vermelha

Sustem a paz podre
O grito purificador
Faustoso
Que lhe matou a dor fétida
E lhe devolveu a vida merecida

Fragmentada mas, estranhamente verdadeira

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